Fed Up: documentário revela o perigo silencioso do açúcar

Açúcar: ele está em todos os lugares, mas para muitos ainda parece inofensivo

Nós somos apresentados para ele ainda na infância, nossos sensores do paladar gostaram tanto, que viciaram o nosso cérebro. Numa das substâncias que tem se mostrado mais mortal nas últimas décadas, o açúcar. Não é terrorismo nutricional, mas informação devidamente apurada por uma jornalista, fundamentada em pesquisas, estudos científicos, que pouco são divulgados por motivos óbvios. 

Há muito mais interesse e lucratividade na livre circulação dos açúcares em todos os produtos alimentícios possíveis, do que a proibição dele. E sim, ele está espalhado em quase todos os alimentos que você consome ao logo do dia. Do pãozinho francês as pequenas colheres e/ou sachês que você coloca no cafezinho do dia a dia. E partindo do princípio que você tome três xícaras e coloque pelo menos 20 gramas em cada ao longo do dia, foram 60 gramas, sem contar o açúcar dos demais alimentos. Com isso, em apenas um dia, você já consumiu mais do que o sugerido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 25 gramas.  
Exemplo de imagem
Vivemos uma epidemia lícita. Nunca se consumiu tantos produtos alimentícios ultraprocessados como nos últimos 20 anos. No mesmo período os casos de doenças relacionadas à obesidade cresceram, especialmente o câncer, cerca de 48%, de acordo com estudos de universidades norte-americanas. E não há nenhuma relação genética, apenas o meio ambiente em que as pessoas vivem atualmente e o estilo de vida que praticam: sedentarismo e alto consumo de alimentos processados e açúcares.

O alto consumo de carboidratos e o seu baixo custo também agravam o passo acelerado desta epidemia. "Esses produtos são repletos de amido e são vistos pela grande maioria das pessoas como um alimento prático e barato, o que de fato são, mas o que muitas delas não sabem é que o preço para a saúde é outro, muito maior e mais danoso", afirma José Carlos Souto, médico, autor do Blog Ciência Low Carb, que trata do assunto com evidências científicas. 

E qual o papel do cérebro nisso tudo? Estudos retratados no documentário Fed Up, disponível completo e legendado no Youtube tem mostrado que o açúcar ativa as mesmas regiões que a cocaína no cérebro. O que explica a compulsão por doces e carboidratos levando muitas pessoas à obesidade em pouco tempo. 

Esse condicionamento também está atrelado a comer por motivos emocionais, normalmente negativos, como decepções amorosas, perdas de emprego, entre outros. A comida se torna um prazer e com o passar dos anos uma doença para grande parte da população que apresenta sobrepeso, obesidade, além de doenças como diabetes tipo 2, entre outras.
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